Polícia Civil e Seapi apreendem 384 toneladas de sementes ilegais durante Operação Semente Segura no RS 4m5g2p
A Polícia Civil, em uma ação de combate à criminalidade no campo, por meio da Divisão de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato (Dicrab) e da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), deflagrou a Operação Semente Segura, entre os dias 19 e 22 de maio.
A ofensiva, de grande porte, combateu a comercialização clandestina de sementes piratas, visando desarticular redes criminosas que atuam na distribuição e venda de sementes sem procedência, sem controle de qualidade e, muitas vezes, sem a devida certificação. As ações ocorreram nas regiões de Soledade, o Fundo, Lagoa Vermelha, Espumoso, Centenário, São João da Urtiga, Ibiraiaras e Guabiju.
A iniciativa, coordenada pela Dicrab e pela Seapi foi executada pelas Delegacias Especializadas na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (DECRABs) de Cruz Alta e Santo Ângelo, bem como por equipes de fiscais da Seapi.

Em o Fundo, em uma cerealista, foram apreendidas 208 toneladas de sementes forrageiras piratas, avaliadas em R$ 700 mil. Em Ibiraiaras, foram apreendidas 176 toneladas de sementes de soja pirata, avaliadas em R$ 2,2 milhões, além de uma grande quantidade de defensivos agrícolas, depositados de forma irregular. Somadas, as apreensões totalizam 384 toneladas de sementes ilegais e quase R$ 3 milhões de reais, demonstrando a grandiosidade e a eficácia da ação coordenada.
Quanto às autuações, a partir dos documentos gerados e que ainda serão recebidos pela fiscalização (prazo para o fiscalizado apresentar notas e outros documentos), será possível verificar com mais detalhes as irregularidades e aplicar as multas, às quais variam conforme o valor do produto de 41% a 80%, conforme a gravidade.
De acordo com Rafael Friedrich de Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários, a Seapi manteve apreendidas, como medida cautelar, as sementes sem origem. Muitos estabelecimentos fiscalizados alegaram que o material era comercializado como grão, porém, muitos aspectos envolvidos demonstram que a prática era vinculada a sementes. Do ponto de vista da Seapi, a ação teve um ótimo resultado, onde foi possível retirar do mercado ilegal de sementes uma quantidade significativa.
O Diretor da Dicrab, Delegado Heleno dos Santos destacou que a operação é mais um o importante na proteção do nosso agronegócio e do meio ambiente. As sementes falsificadas não só lesam economicamente o produtor, causando prejuízos bilionários ao setor em todo o país, mas também trazem um risco imenso para a sanidade vegetal e para a sustentabilidade de nossas lavouras e pastagens. A atuação conjunta com a Seapi demonstra a força do trabalho integrado para garantir a legalidade e a qualidade no campo gaúcho.
As DECRABs da Polícia Civil do Rio Grande do Sul têm se destacado no enfrentamento a esses crimes, demonstrando um compromisso inabalável com a segurança no campo e a proteção do produtor rural. A integração com a Seapi tem sido crucial para o sucesso das operações, unindo a expertise policial com o conhecimento técnico e regulatório da agricultura.
A Polícia Civil e a Seapi reforçam o alerta aos produtores para que adquiram sementes apenas de fontes confiáveis, com nota fiscal e certificação, contribuindo assim para um agronegócio forte, legal e sustentável no Rio Grande do Sul.